O Banco Mundial vai disponibilizar em breve 380 milhões de dólares para o melhoramento de infra-estruturas que ligam o Maláui e Moçambique, no âmbito de incentivos industriais aos dois países.
O fundo será usado para a melhoria da logística de escoamento dos produtos agrícolas das zonas de produção para os mercados dos dois países, a partir do porto de Nacala.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, que avançou com a notícia nesta terça-feira, 18 de Outubro, em Nacala, disse que, com o financiamento, pretende-se promover a industrialização para o desenvolvimento sustentável e moderno entre ambas as nações.
“Para o Maláui serão 150 milhões de dólares e os restantes 230 milhões serão para Moçambique. Estes montantes vão trazer mais possibilidades e ajudarão a que o corredor seja, não só de trânsito ou de carga, mas de industrialização”, afirmou o ministro, citado pela Rádio Moçambique.
Mateus Magala falava esta terça-feira no final de uma visita conjunta com dois ministros malauianos – o dos Transportes e Obras Públicas, e o da Terra e Planeamento Urbano – às infra-estruturas ferro-portuárias em Nacala.
Recorde-se que o financiamento do Banco Mundial foi aprovado em Abril do ano passado, mas com uma visão mais ampla que engloba mais países da região, além de Moçambique e Maláui.
De acordo com o documento do Banco Mundial, o financiamento visa também aumentar a coordenação do comércio regional, reduzir os custos e o tempo do comércio, desenvolver cadeias de valor regionais e melhorar o acesso a infra-estruturas.
A directora de Integração Regional do Banco Mundial para a África Subsaariana, Médio Oriente e Norte de África, Deborah Wetzel, declarou, aquando do anúncio do financiamento, que o projecto beneficiará igualmente as comunidades locais dos dois países através de investimentos que facilitarão o comércio, a coordenação regional e as oportunidades económicas diversificadas ao longo dos corredores de Nacala e Beira, ligando Moçambique ao Maláui, e ao longo do Corredor de Maputo, que liga Moçambique à África do Sul através da Ponta do Ouro.
“Temos o prazer de apoiar Moçambique e Maláui na construção de recentes desenvolvimentos de infra-estrutura regional, trabalhando na redução dos custos do comércio e melhorando a sua competitividade. O apoio do projecto para o desenvolvimento de cadeias de valor regionais pode impulsionar a criação de empregos e mais renda para as comunidades”, disse Deborah Wetzel.
Para o Banco Mundial, ao melhorar a competitividade comercial e a conectividade regional, o projecto ajudará a reduzir os custos das empresas exportadoras para o mercado importador, reduzindo, por consequência, os custos para os consumidores.