A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) revelou que Moçambique está fora da lista dos países com focos de insegurança alimentar e fome. Segundo a organização, o País está a evoluir positivamente na produção agrícola, mas deve controlar as perdas e desperdícios antes e depois das colheitas.
O representante da FAO em Moçambique, Hernâni da Silva, falava este sábado, 15 de Outubro, no distrito de Mogovolas, na província de Nampula, a propósito do Dia Mundial de Alimentação. Na ocasião, referiu que, mesmo com a desestabilização na região Norte e com os impactos das mudanças climáticas que têm afectado o País nos últimos anos, há registos de avanços na produção e produtividade agrícola em comparação com outros países africanos.
O responsável afirmou ser preciso estudar mecanismos para colmatar as perdas da produção alimentar (muitas vezes provocadas pelas intempéries) no momento da colheita, armazenamento, transporte e no próprio consumo dos alimentos.
O representante da FAO reiterou que, por causa da evolução da produção, o País está fora da lista dos países com focos de insegurança alimentar e fome segundo os últimos estudos da organização.
“Constatamos que Moçambique está fora disso. Mas temos países que, de facto, estão numa situação muito mais complicada, que se relaciona com a evolução da situação agrícola de cada país. A insegurança alimentar é causada por três elementos principais: a própria insegurança, os choques económicos e o impacto das mudanças climáticas, sendo a insegurança o factor que mais problemas causa”, revelou Hernâni da Silva.
De acordo com a fonte, o último relatório existente neste momento mostra que os países a nível de África que estão no grupo considerado como catástrofe são a Etiópia e o Sudão.
“Como sabemos, estes países estão em guerra. Dos números que temos, existem cerca de 570 mil pessoas em África que estão numa situação de emergência ou catástrofe alimentar e quase 400 mil pessoas estão na Etiópia”.