Moçambique vai receber 23 milhões de euros para enfrentar a crise alimentar, divulgou esta quinta-feira, 13 de Outubro, a delegação da União Europeia (UE) no País, em comunicado.
O objectivo é ajudar a “mitigar a crescente insegurança alimentar”, face a “condições climáticas e macro-económicas incertas”, lê-se no documento, sendo que, do total, oito milhões de euros dizem respeito a apoio de emergência.
As verbas fazem parte de uma medida de 600 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento, anunciada em 24 de Setembro, para financiar a ajuda alimentar humanitária imediata, produção de alimentos e resiliência dos sistemas alimentares nos países mais vulneráveis de África, Caraíbas e Pacífico (ACP).
O financiamento “irá focar-se onde as necessidades humanitárias são mais elevadas” e onde “foram identificados programas para aumentar, de forma sustentável, a segurança alimentar e a resiliência”, acrescenta-se no comunicado. “Este apoio irá ajudar os países parceiros e as pessoas vulneráveis a enfrentar as consequências injustas” da guerra na Ucrânia, detalha a UE.
A comissária para as Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, detalhou, no mês passado, que, “a curto prazo” a UE está a ajudar as famílias “com assistência alimentar e nutricional e a ajudar os países a comprar os alimentos de que necessitam”.
O comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič, acrescentou que “a ajuda humanitária não pode substituir os esforços necessários para aumentar a resiliência das populações mais vulneráveis”, ou seja, “soluções sustentáveis orientadas para o desenvolvimento para acabar com a fome são fundamentais”.