O spread indica a diferença entre o preço de compra e venda de algo, e é ele que define o lucro bruto de uma transacção financeira.
No sistema bancário, o spread pode ser definido como “uma componente da taxa de juro, determinada pelo banco, contrato a contrato, quando concede um empréstimo”. Numa linguagem mais simples, o spread não é mais do que o lucro do banco quando concede um empréstimo.
Tipos de spread
Os dois tipos de spreads mais conhecidos são os que envolvem activos financeiros, tais como acções, e os spreads bancários, que são o resultado da relação entre o crédito concedido e o crédito contraído.
No mercado financeiro
No mercado financeiro, o spread pode ser definido como a diferença entre o preço de compra e o preço de venda de uma acção. O preço de venda mais baixo é conhecido como o “pedido”, enquanto o preço de compra mais alto é conhecido como o “lance”.
Assim, o spread serve para calcular qual é a taxa de retorno possível nas transacções de compra e venda de vários activos.
Nos bancos
Nos bancos, por outro lado, o spread é a diferença entre o que um banco paga em juros a um investidor e o que este cobra em juros sobre empréstimos.
Assim, se um banco paga 5% de juros por ano a um investidor e empresta esse dinheiro a 25%, o seu spread é de 20 pontos percentuais.
O spread é o principal instrumento utilizado para definir o lucro dos bancos nas suas operações.
Como é definido o spread?
O spread é sempre determinado pelo banco que concede o empréstimo em função de vários indicadores:
- Avaliação do perfil e definição do risco de crédito do cliente;
- Valor do empréstimo;
- Relação entre o valor do empréstimo e a avaliação do bem a dar como garantia;
- Contratação, por parte do cliente, de produtos extra ao crédito (seguros, cartões de crédito, depósitos a prazo).