O Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, encorajou a indústria seguradora a criar mais produtos de micro-seguros orientados, sobretudo, para a população de baixa renda, assim como para as micro, pequenas e médias empresas, como forma de proteger o rendimento das pessoas envolvidas nestas actividades.
Maleiane falava esta quarta-feira, 12 de Outubro, numa gala por ocasião dos 30 anos da seguradora Fidelidade Ímpar, onde afirmou que o Governo tem prestado atenção especial ao sector de seguros devido ao seu contributo para a economia nacional, através da realização da sua vocação principal, que consiste na cobertura de riscos de várias dimensões, reposição de danos materiais e de renda em caso de sinistros, assim como a protecção de pessoas e do património.
O governante realçou que o sector dos seguros tem contribuído para o aumento da oferta de financiamento a longo prazo, a partir de fontes internas, o que permite o desenvolvimento de projectos de infra-estruturas e do mercado imobiliário, entre outros.
“É tendo em conta a relevância da actividade seguradora para a economia que o Governo tem aprimorado o quadro legal e institucional deste sector com o objectivo de criar condições de exercício e de acesso aos serviços de seguros, incluindo o micro-seguro, bem como a mediação de seguros”, avançou.
Com o aprimoramento do quadro legal e de políticas das actividades de seguros, o Governo pretende igualmente “garantir que o País tenha um sector financeiro sólido, diversificado, competitivo e inclusivo, com vista a aumentar o acesso da população aos serviços financeiros e de seguros”, acrescentou.
O chefe do Governo salientou que estas acções e medidas, aliadas à actuação proactiva das empresas seguradoras que operam em Moçambique, estão a concorrer para a expansão dos serviços da actividade seguradora, o que tem vindo a permitir o aumento do acesso da população a estes serviços.
A titulo ilustrativo, segundo Adriano Maleiane, o acesso aos serviços de seguros passou de 8% em 2016 para 17,1% em 2021, destacando-se o ramo não-vida, que registou um crescimento de 5,6 pontos percentuais neste período.
Presente na cerimónia, o PCA da Fidelidade Ímpar, Manuel Gamito, recordou o percurso histórico da empresa na década de 1990, que teve como corolário o programa de reestruturação económica desenvolvido pelo Governo.
Por seu turno, o PCE da seguradora, Carlos Leitão, destacou a aquisição de 70% do capital da Ímpar pela Fidelidade, o que permitiu a este grupo consolidar as suas operações em Moçambique.