O programa de recrutamento de africanos da gigante mundial de tecnologia Microsoft, fundada pelo norte-americano Bill Gates, está agora em Moçambique em busca de profissionais como engenheiros de software.
A iniciativa surge no âmbito de um programa continental da iniciativa da Microsoft que pretende alcançar e recrutar talentos africanos para fazerem parte da sua força de trabalho para as equipas de Redmond, nos Estados Unidos, e Vancouver, no Canadá.
Segundo Cláudio Silva, em declarações ao portal Kabum Digital, moçambicano e responsável pela implementação do programa, “para esta vaga a Microsoft procura recém-graduados ou estudantes finalistas de um curso de bacharelato ou mestrado em engenharias, ciência da computação ou áreas afins, com capacidade de demonstrar conhecimento dos fundamentos da ciência da computação, incluindo estrutura de dados e algoritmos”.
O processo de candidaturas arrancou em Agosto e abrange todo o território nacional, sem limites de idade e género. Os candidatos que forem seleccionados serão convidados para a primeira fase das entrevistas. As vagas fecham assim que forem preenchidas após as entrevistas finais.
Para este feito, Cláudio Silva afirmou que há uma colaboração com as maiores universidades de Moçambique na divulgação do programa, na preparação e apoio aos candidatos, e também a dar a conhecer a cultura, as competências e os valores que a Microsoft procura, de modo a potencializar os skills dos estudantes e, assim, permitir que estes tenham preparação adequada que lhes permita chegarem à recta final no processo de recrutamento.
Presente no continente africano há pelo menos três décadas, a empresa criou, no ano passado, a divisão Escritório de Transformação de África (ATO, sigla em inglês) para impulsionar o investimento e acelerar o crescimento digital sustentável de África “movida por africanos para África”. A missão compreende cinco áreas principais: infra-estrutura digital, capacitação, pequenas e médias empresas, startups e parcerias estratégicas, e recentemente, foi criada uma nova subsidiária, o Africa Regional Cluster (ARC), que será responsável pelas iniciativas estratégicas em todo o continente.
A Microsoft tem também planos para apoiar mais de dez mil startups africanas nos próximos cinco anos. A ideia é criar uma série de programas no continente, através de parcerias estratégicas com aceleradores e incubadoras de startups.