Os preços mundiais dos alimentos caíram pelo sexto mês consecutivo em Setembro, com descidas acentuadas nos preços dos óleos vegetais mais do que compensando a subida dos preços dos cereais, disse, esta sexta-feira, 7 de Outubro, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
O índice de preços de alimentos da FAO atingiu uma média de 136,3 pontos em Setembro, menos 1,1% face a Agosto, mas mais 5,5% face ao mesmo mês de 2021, disse à agência sobre o indicador que mostra a evolução mensal dos preços internacionais de um cabaz de produtos alimentares normalmente comercializados.
O declínio dos preços dos óleos vegetais impulsionou a descida global, depois de uma queda de 6,6% em Setembro para atingir o seu nível mais baixo desde Fevereiro de 2021, com as cotações internacionais dos óleos de palma, soja, girassol e colza a caírem.
Os preços dos grãos, por outro lado, subiram 1,5% em relação a Agosto, com o trigo a subir 2,2% “devido a preocupações sobre as condições das culturas secas na Argentina e nos EUA, o ritmo rápido das exportações da União Europeia (UE) em meio a uma elevada procura interna e uma maior incerteza sobre a continuação da Iniciativa dos Grãos do Mar Negro depois de Novembro”.
O índice de preços de alimentos da FAO atingiu uma média de 136,3 pontos em Setembro
E enquanto os preços mundiais do milho se mantiveram na sua maioria estáveis, “à medida que a força do dólar americano compensa a pressão da perspectiva de uma oferta mais restrita” nos EUA e na UE, os preços do arroz subiram 2,2%.
Além disso, o índice de preços do leite da FAO caiu 0,6% e o da carne 0,5%, tal como o do açúcar, que desceu 0,7% em Setembro, “principalmente devido às boas perspectivas de produção no Brasil, juntamente com a queda dos preços do etanol e os efeitos das flutuações cambiais”.