O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou esta segunda-feira, 3 de Outubro, que cerca existem cerca de 48 países expostos a uma crise de segurança alimentar no mundo.
No decurso de um fórum sobre segurança alimentar em Riade, na Arábia Saudita, a directora do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou que “desses 48 países, entre dez e 20 pedirão, provavelmente, ajuda por assistência de emergência, acrescentando que “muitos deles” estão na África Subsaariana.
Kristalina Georgieva recordou que as organizações humanitárias estimam que são necessários mais de 50 mil milhões de dólares “só para evitar que as pessoas morram de fome”.
O FMI identificou três formas de abordar esta crise. São elas a inversão da produtividade agrícola, a protecção do produto para que chegue ao consumidor e os países conseguirem capacidade financeira para aceder a financiamento de baixo custo.
“É um problema com solução”, assegurou Georgieva, para quem “esta crise é uma chamada de atenção para todos nós, enquanto comunidade, para ajudarmos a resolver o problema”.
Nesse sentido, destacou que as prioridades do FMI são “ajudar os países a desenvolver políticas correctas”, aumentar a margem fiscal e a desenvolver uma agricultura “resiliente ao clima”.
O FMI identificou três formas de abordar a crise. São elas a inversão da produtividade agrícola, a protecção do produto para que chegue ao consumidor e os países conseguirem capacidade financeira para acederem a financiamento de baixo custo
“Este ano vimos na Índia, na Europa e nos EUA uma redução significativa da produção agrícola devido a acontecimentos climáticos”, lembrou, explicando: “a fome não tem impacto apenas físico nas pessoas, mas também na sua perda de dignidade. E há uma perda de capacidade intelectual. As crianças desnutridas nunca atingirão todo o seu potencial. Estamos e perdê-lo por culpa da fome”, lamentou.
A directora do FMI recordou também que mais de 40 milhões de pessoas, só no mundo árabe, estão expostas à fome a agradeceu ao Grupo de Coordenação Árabe o seu recente anúncio de doação de 10 mil milhões de dólares para aliviar a crise mundial de fornecimento alimentar.