O petróleo está a recuperar do valor mais baixo desde Janeiro, numa altura em que o dólar começa a deixar de registar os ganhos dos últimos cinco dias.
O West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – soma 2,09% para 78,31 dólares por barril, mas está, ainda assim, a caminho da primeira queda trimestral em dois anos, à medida que se adensam preocupações com uma diminuição da procura.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – valoriza 2% para 85,74 dólares por barril.
Devido à perda de valor desta matéria-prima, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados tem estado “estranhamente sossegada”, aponta o analista Warren Patterson do ING, à Bloomberg.
“Há a possibilidade muito real de vermos a OPEP+ realizar um novo corte na produção de crude” na próxima reunião do grupo a 5 de Outubro. Uma redução na produção desta matéria-prima já tinha sido anunciada em Setembro, mas os analistas consideraram apenas que foi um corte simbólico, dada a sua dimensão de apenas 100 mil barris.
Desta vez, se um novo corte for anunciado, indica Patterson, teria de ser bastante maior “para ter um impacto significativo no mercado”, explica.
No mercado do gás, os futuros estão a valorizar, depois de quatro dias em queda, numa altura em que foram tornadas públicas duas fugas de gás no Nord Stream, uma infra-estrutura que serve gás russo à Alemanha, mas que se encontra encerrada.
Apesar de o gasoduto não estar em funcionamento, dada a volatilidade do mercado, este é um factor que está a contribuir para a incerteza na negociação da matéria-prima.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – que serve de referência para o mercado europeu – sobe 3,3% para 179 euros por megawatt-hora.