Com vista a dinamizar ainda mais a produção de arroz, a Agência do Zambeze acaba de alocar 30 tractores e 12 colheitadeiras num investimento global de 160 milhões de meticais.
Ao nível do Vale do Zambeze, há cerca de 200 mil hectares aráveis para a produção de arroz. Nesta vertente, os equipamentos têm por finalidade apoiar cadeias de valor e disponibilidade de arroz para sete unidades de processamentos na região, sendo que, na campanha 2022/2023, espera-se a dinamização da mecanização agrária.
Anualmente, os produtores daquela região tiram de todos os campos, pelo menos, 300 mil toneladas da cultura, matéria-prima que serve para alimentar sete unidades de processamento, com capacidade para processar 50 mil toneladas de arroz por ano.
Os equipamentos vão beneficiar 20 mil produtores de arroz baseados nas províncias da Zambézia e Sofala. Alves Júnior, delegado da Agência do Zambeze na província da Zambézia, fez saber que, com os meios alocados, haverá um incremento na produção de mais de dez mil toneladas, com um rendimento de três toneladas por hectare contra as actuais 1,5 toneladas.
“Assim, podemos incrementar a nossa produção e produtividade, uma vez que já foram criadas as condições necessárias para o efeito, com atribuição dos equipamentos aos nossos produtores. Vamos deixar de usar enxadas de cabo curto e, com mais eficiência e eficácia, poder trabalhar os solos através da mecanização agrária que estamos a potenciar”, disse Alves Júnior.
O referido financiamento está a ser gerido por uma instituição financeira e visa apoiar a cadeia de valor de produção, processamento, comercialização e distribuição de arroz.
Por seu turno, a administradora de Nicoadala, Adelina Tiroso, referiu que os produtores do seu distrito têm assegurado o incentivo para aumentar os níveis de produção de arroz e respectivo processamento.
“Assim, a nossa aposta é produzir com os olhos postos no mercado do distrito, da província, do País e, quiçá num futuro breve, do mundo. O nosso arroz é de bastante qualidade e, com a mecanização que nos é alocada, só sairemos a ganhar se efectivamente utilizarmos os meios para os fins necessários”, disse Adelina Tiroso, acrescentando que, este ano, está prevista a operacionalização do regadio de Muziva, no distrito de Nicoadala.