A multinacional italiana Renco Group, concessionária da licença para a construção no novo porto e complexo industrial junto à baía de Pemba, no âmbito do projecto FLNG, está a procura de empreiteiros para a construção da segunda fase desta infra-estrutura, que servirá de suporte às actividades em terra (on shore), com a possível retoma da exploração de gás na Área 4 da bacia do Rovuma.
A construção do porto, na sua primeira fase, foi interrompida devido à intensificação dos ataques dos terroristas que assolam algumas zonas da província. Contudo, motivada pela possibilidade de retoma das actividades em alto mar (off shore), a multinacional está a acelerar o projecto de modo a dar resposta à demanda das necessidades industriais do projecto on shore.
De acordo com o director da Área de Desenvolvimento para os Projectos da Renco Group em Moçambique, Mário d’Antoni, citado pelo portal profile.mz, enquanto não se reactivam as actividades no acampamento da Total em Afungi, que se localiza no distrito de Palma, preparam-se soluções alternativas para dar resposta às actividades do projecto Coral Sul que está estabelecido em alto-mar.
“As actividades off shore precisarão de apoio em manutenções mecânicas e outras necessidades industriais e logísticas. Logo, pensamos que o nosso porto teria mais valor oferecendo outros tipos de serviços auxiliares”, disse.
Por isso, o complexo industrial, que integra uma área de serviços técnicos e logística industrial como armazéns, oficinas e escritórios, está a ser concebido para dar suporte ao acampamento de Afungi, funcionando como ponto estratégico de logística na provisão de bens e serviços através da baía de Pemba.
Até ao momento, nos projectos do porto e o complexo industrial de Pemba, foram investidos 90 milhões de dólares, sendo que a conclusão das obras está prevista para Março do próximo ano e o início da sua operacionalização em Abril. Este porto terá capacidade para receber navios de até duas mil toneladas.