Sendo a autonomia o calcanhar de Aquiles dos eléctricos, para já as fabricantes tentam inovar no sentido de marcar a diferença relativamente à restante oferta. Assim sendo, os próximos eléctricos da BMW terão um alcance de até mil km.
Há dias, a BMW confirmou que a CATL e a EVE Energy irão fabricar as suas células de bateria de sexta geração. Adoptando uma forma cilíndrica, em vez de prismática, a sua estreia está prevista para 2025 na plataforma Neue Klasse, especialmente desenvolvida para integrar modelos eléctricos.
As células de bateria, cuja química será NCM (níquel, cobalto e manganês), terão um cátodo com uma percentagem maior de níquel e uma quantidade menor de cobalto, sendo o ânodo rico em silício, terão 46 mm de diâmetro e estarão disponíveis em duas alturas: 95 mm e 120 mm. Por forma a aproveitar o espaço, os pacotes não terão módulos.
A BMW espera que as suas células de sexta geração vejam a sua densidade energética melhorar em 20%, oferecendo tempos de carregamento 30% mais rápidos e até 30% mais de alcance, tudo isto com uma redução de 60% nas emissões durante a produção e uma redução de custos de até 50%.
“As baterias da sexta geração vão dar-nos 30% mais de alcance do que as actuais baterias de quinta geração, mas não iremos além de mil km de alcance, mesmo que possamos. Achamos que não precisamos de um alcance tão longo”, explicou Thomas Albrecht, chefe da BMW Efficient Dynamics.
Tanto o cobalto como o lítio utilizado nas baterias da fabricante serão provenientes de minas certificadas, e a química garantirá longevidade às baterias. “A legislação está a chegar para garantir que as baterias durem ainda mais. Por exemplo, nos EUA, será exigido um desempenho mínimo de 80% ao fim de dez anos. Estamos a ter um desempenho melhor do que esse”, garantiu.
Além da BMW, também as marcas MINI e Rolls-Royce do Grupo beneficiarão das novas células de bateria de sexta geração.