O Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela disse esta sexta-feira, 16 de Setembro em Maputo que o Governo prevê reduzir o preço dos combustíveis em Outubro próximo, dependendo da queda do barril de petróleo no mercado internacional.
“O incremento do nível geral de preços ocorre por factor exógenos a nossa economia, que resulta do incremento dos preços de produtos petrolíferos. A nossa avaliação é que a situação dos preços internacionais dos produtos dos combustíveis líquidos estabilizou e está com uma tendência decrescente, atingiu um pouco de 120 dólares por barril e neste momento tem estado a ser negociado a volta de 94 à 95 dólares o barril”, começou por explicar Max Tonela, para dizer que “projectamos que, pelomenos em Outubro e eventualmente em Novembro possamos ter a redução dos preços dos combustíveis líquidos em Moçambique e deste modo influenciar positivamente a redução da inflação”.
O Ministro falava depois de receber a missão do Fundo Monetário Internacional, que avalia positivamente o pacote de medidas de estímulo à economia anunciadas pelo Presidente da República.
“Quanto ao pacote de estímulos, a nossa avaliação é que as políticas se enquadram bem sobre os objectivos do nosso programa, isso por um lado, por outro lado, as medidas são interessantes, pois visam apoiar o crescimento económico e o crescimento do sector privado”, disse Álvaro Pires, chefe de Missão do FMI.
Sobre a situação macroeconómica do país, Álvaro Pires considera que “há uma recuperação na economia. Elevamos a nossa previsão de crescimento para este ano até 3,8%, e claro, estamos a ver a inflação, coisa que reflete um fenómeno global. Temos agora uma previsão de 11% de inflação para o ano”, disse, reiterando que “estamos a ver um panorama de estabilidade macroeconómica que se deve em grande parte da boa gestão do governo”.
O Fundo Monetário Internacional descarta qualquer possibilidade de disponibilizar um pacote financeiro neste momento ao país para combater a crise causada pelos choques externos, isto porque “por agora a avaliação é que não é necessário. Temos financiamento requerido para as necessidades que estamos a ver para os próximos anos. No FMI sempre é possível falar disso, mas agora é impossível”, anuiu Álvaro Pires, sublinhado que “neste momento actual, o país tem vários empréstimos dos últimos anos, então fica como uma possibilidade mas não é necessário neste momento”.