O director-geral do projecto Mozambique LNG – em curso na península de Afungi, liderado pela petrolífera francesa TotalEnergies – garantiu esta quarta-feira, 14 de Setembro, estar neste momento a avaliar a possibilidade de retomar as suas actividades paralisadas no ano passado devido aos ataques terroristas.
Segundo Stephane Le-Galles, que falava num painel durante a VII Cimeira e Exposição de Gás e Energia de Moçambique, a TotalEnergies está a trabalhar em estreita colaboração com o Governo moçambicano, a sociedade civil, organizações e parceiros para superar os desafios actuais.
“Apesar de ter declarado Força Maior, há esforços contínuos para decidir a retoma. Temos de assumir que é difícil operar num ambiente conturbado”, disse Stephane Le-Galles, director-geral da petrolífera francesa.
Segundo a TotalEnergies, apesar da suspensão das suas actividades em Afungi, a petrolífera mantém a sua visão de desenvolvimento em Moçambique, tendo por base assegurar a conexão entre exploração de recursos, desenvolvimento de conteúdo local e industrialização do País, olhando para o enorme potencial energético de Moçambique.
Entretanto, Stephane Le-Galles reconheceu a existência dos desafios actuais na oferta e procura de energia em todo o mundo e aponta Moçambique como um dos países e parceiro global que poderia ajudar a reverter o cenário actual.
O ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, disse, na semana passada, que a melhoria das condições de segurança será factor determinante para a retoma das actividades da TotalEnergies.
Carlos Zacarias, que falava em Pemba, província de Cabo Delgado, garantiu que ainda este ano vão iniciar as exportações do gás natural liquefeito a ser extraído na bacia do Rovuma com recurso à Plataforma flutuante Coral Sul.