O Governo garante estar a fazer a manutenção dos principais corredores rodoviários, não só para melhorar a transitabilidade a nível interno como também facilitar o acesso aos países vizinhos aos portos nacionais e, desta forma, impulsionar o desenvolvimento.
A informação foi partilhada na segunda-feira, 12 de Setembro, em Maputo, pelo ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, na abertura da reunião da Associação dos Fundos de Manutenção de Estradas de África.
É neste contexto que, segundo Mesquita, após a construção da Estrada Nacional Número Quatro (N4), que liga o País à África do Sul, foi erguida e/ou reabilitada a via Maputo-Ponta do Ouro, num projecto que inclui a ponte Maputo Katembe. Foram igualmente construídas as rodovias Caniçado-Mapai-Chicualacula e Beira-Machipanda, conectando o País e Zimbabué, e Mocuba- Milange e Cuanba-Mandimba-Lichinga, integradas no corredor de Nacala, que abarca o País e Maláui.
O governante, citado pelo Notícias, apelou aos Fundos de Estradas de África para consolidarem iniciativas de mobilização de recursos para financiamento da construção e/ou manutenção das rodovias com vista a promover o desenvolvimento socioeconómico dos países. Segundo Carlos Mesquita, os desafios do continente no domínio do financiamento de infra-estruturas rodoviárias são agravados pelos eventos climáticos extremos que as danificam, aumentando ainda mais o défice de financiamento.
Reconheceu também que a falta de manutenção adequada e atempada das estradas conduz à deterioração precoce, elevando os custos operacionais dos veículos, os riscos de acidentes de viação e reduzindo a fiabilidade dos serviços destas infra-estruturas.
O governante considera que a situação impacta, de forma negativa, o desenvolvimento da economia e os esforços que os governos têm empreendido para a erradicação da pobreza, o que induz a uma reflexão profunda sobre as soluções de financiamento sustentáveis e apropriadas para o desenvolvimento da rede de estradas no continente.
Lembrou ainda a recente subida dos preços dos combustíveis, que afecta quase todo o mundo, tendo cada país tomado medidas para mitigar os seus impactos. Vários governos decidiram reduzir as taxas sobre esse produto, uma das principais fontes de financiamento para a manutenção de estradas.
O princípio de utilizador-pagador, que se consubstancia na construção de portagens, tal como indicou, ganha neste contexto cada vez mais importância no que ao financiamento de manutenção de estradas diz respeito.