Carlos III foi este sábado, 10 de Setembro, proclamado oficialmente Rei do Reino Unido, numa cerimónia realizada no palácio de St. James, em Londres.
O novo monarca britânico, com 73 anos, sucede à sua mãe, a rainha Isabel II, que morreu na quinta-feira aos 96 anos no castelo de Balmoral, Escócia, após 70 anos de reinado.
A proclamação foi lida poucos minutos depois das 10h00 na cerimónia denominada de Conselho de Adesão, um ritual da monarquia britânica transmitido em directo nas televisões pela primeira vez na História.
Ao assinar o juramento pelo qual se torna Rei, Carlos III comprometeu-se a “seguir o exemplo inspirador” da sua mãe, manifestando-se “profundamente consciente da grande herança, deveres e pesada responsabilidade” da monarquia.
“Ao tomar estas responsabilidades, lutarei por seguir o exemplo inspirador que me precede, mantendo o Governo Constitucional, e procurando a paz, harmonia e prosperidade dos povos destas ilhas”, declarou o novo Rei.
Carlos III afirmou que dedicará o resto da vida a esta “pesada tarefa”, salientando que conta com “o afecto e lealdade dos povos” dos quais é agora soberano e que será “guiado pelo seu Parlamento eleito”.
“O príncipe Carlos Filipe Artur Jorge é agora, pela morte da nossa falecida soberana de boa memória, de acordo com a lei, o nosso único e justo senhor, pela graça de Deus, Rei e defensor do Reino Unido da Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e dos seus outros reinos e territórios”, lê-se na proclamação, lida primeiro pelo escrivão real.
Na cerimónia do Conselho de Adesão estiveram também presentes a Rainha consorte, Camilla, e o príncipe de Gales, William, bem como a primeira-ministra britânica, Liz Truss, e seus antecessores no cargo, como Boris Johnson, Theresa May, Gordon Brown, David Cameron e Tony Blair.
O Conselho de Adesão foi seguido pela Proclamação Principal, que foi lida às 11h00 locais na varanda no Palácio de Saint James.