Uma unidade vocacionada para a extracção de rubis deverá entrar em actividade ainda este ano no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, o que vai contribuir para o aumento da produção e das receitas arrecadas na exportação deste recurso.
A companhia, operada pela Moza Minerais, já tem os equipamentos instalados, estando, neste momento, a decorrer os ensaios de produção.
Em declarações ao Notícias, Castro Elias, secretário-executivo da Unidade de Gestão do Processo Kimberley, do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, assegurou que a produção deverá começar ainda este ano.
Elias indicou que, à semelhança do que vem sucedendo com a produção de ouro, a extracção de rubis tem crescido.
“No geral, para o caso das gemas, registamos uma boa produção, 67% do plano. Temos a destacar aqui o rubi, que é produzido na província de Cabo Delgado, mais precisamente no distrito de Montepuez”, destacou.
O secretário-executivo da Unidade de Gestão do Processo Kimberley referiu que, durante o primeiro semestre deste ano, a Montepuez Ruby Mining (MRM) e Fura Mining, duas empresas que operam no distrito de Montepuez, realizaram um leilão cada. O primeiro foi da Fura Mining, realizado na Tailândia, onde a companhia comercializou 82 quilos de rubi. Depois, foi a vez da MRM, que promoveu um leilão de 96 quilos [de rubi].
Questionado sobre o valor que o Estado poderá ter arrecadado nestes leilões, Castro Elias disse ser difícil avançar números, explicando que existe o imposto sobre a produção, equivalente a cerca de 6%, e o Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC), além de outras taxas cobradas.
Referiu-se também ao valor para as comunidades das áreas onde ocorre a exploração, que têm a receber cerca de 2,75%. Elias espera que a entrada da nova mineradora venha a contribuir para o aumento das receitas arrecadadas na exportação de rubis no País.
“É preciso dizer que, além do rubi, temos outras pedras preciosas e semi-preciosas que são extraídas noutras províncias, como Zambézia e Nampula, onde também há um aumento da produção, razão pela qual, em conjunto, as pedras preciosas tiveram, no primeiro semestre, uma contribuição de 66% no crescimento da produção”, referiu Castro Elias.