O petróleo está a negociar misto, depois da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros (OPEP+) ter decidido esta terça-feira, 6 de Setembro, reduzir em 100 000 barris diários a oferta a partir de Outubro.
A Arábia Saudita fez ainda questão de avisar que se mais cortes fossem necessários para estabilizar o mercado, o grupo estaria preparado.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, perde 0,63% para 95,14 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), “benchmark” para os Estados Unidos, ganha 2,14% para 88,73 dólares por barril.
O crude desvalorizou no início de Junho, anulando os ganhos registados após a invasão russa da Ucrânia, à medida que um conjunto de factores fez a matéria-prima escalar – diminuição global do consumo, maior aperto na política monetária e frequentes confinamentos na China, com a aplicação da política covid zero. Com esta nova redução os produtores esperam que os preços estabilizem.
Ao mesmo tempo, a China colocou mais algumas regiões da província de Guizhou em confinamento, nomeadamente uma cidade com cerca de seis milhões de habitantes – renovando assim receios em relação a uma diminuição da procura de crude.
O corte da OPEP+ “é um não-evento em termos de procura-oferta” indica o analista do ING, Warren Patterson. “Por isso, suspeito que o mercado vai continuar a ser ditado por preocupações relativas com a procura, particularmente porque mais partes da China parecem ter entrado em confinamento”, esclarece ainda.
No mercado do gás a negociação está a ser feita com perdas, à medida que os governos por toda a Europa vão anunciando medidas para combater a escalada nos preços da energia. Ao mesmo tempo, o Nord Stream, gasoduto que serve gás à Alemanha, continua sem reabrir.