A PreMal, empresa social com sede na Holanda, lançou, no Quénia, o MTego, uma armadilha mosquiteira movida a energia solar.
Fundada em 2019, a PreMal está focada no desenvolvimento e comercialização de sistemas de armadilhagem de alto desempenho contra mosquitos. A empresa é impulsionada e motivada pela ambição de reduzir as doenças transmitidas por aqueles insectos, estimulando assim o crescimento económico e a capacitação das pessoas.
De acordo com o Centro de Controlo de Doenças do Quénia, são registados anualmente 3,5 milhões de casos de malária. Acredita-se que o MTego irá permitir ao país da África Oriental combater mais eficazmente os mosquitos atraídos pela seca.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o paludismo causa 627 mil mortes por ano em todo o mundo, 96% das quais em África. Face a esta situação, que é exacerbada pelo aquecimento global que afecta o Quénia, a empresa holandesa PreMal, com sede em Nairobi, está a desenvolver o MTego, uma armadilha mosquiteira que funciona com energia solar.
O engenho, que recebe, actualmente, uma boa dose de tracção em Nairobi, está a ser implementado em parceria com a Engie Energy Access, a subsidiária queniana do grupo energético francês Engie, especializada em soluções fora da rede.
“A MTego utiliza um ventilador eléctrico que consome pouquíssima energia, mas não utiliza insecticidas. É uma armadilha mosquiteira que funciona muito bem com um sistema solar doméstico porque funciona com base no princípio do ar contra-corrente, que difunde odores humanos característicos fora das casas”, explicou a empresa responsável por esta inovação.
De acordo com Fredrick Noballa, gestor da Engie Energy Access Kenya, esta solução alavanca a energia limpa e melhora as condições de vida das comunidades rurais na África Oriental onde, frequentemente, têm de lidar com doenças relacionadas com as alterações climáticas e o baixo acesso à electricidade.