A Electricidade de Moçambique (EDM) tem acumulado prejuízos devido ao roubo de cabos eléctricos para a retirada do cobre. A empresa pública admite que esta situação pode comprometer o alcance das metas de acesso universal à energia previsto para 2030.
A empresa pública de electricidade de Moçambique, EDM, já fez as contas aos prejuízos causados pelo roubo de cabos eléctricos nas suas infra-estruturas em todo o País. Daniel Guambe, director de Electrificação na empresa pública, revelou os números.
“Devo dizer que são cerca de 100 milhões de dólares que nós perdemos anualmente com os roubos, vandalização e perdas. Se esse valor pudesse ser poupado para se poder progredir com os trabalhos facilitaria que mais moçambicanos tivessem energia de uma forma sustentável e numa base anual”, começou por defender o dirigente.
Esta é uma acção criminosa com implicações no cumprimento das metas do acesso universal à energia até 2030. “Não há dúvida que esta situação é uma barreira porque, para que todos os moçambicanos possam ter acesso [à energia] significa que temos de progredir no nosso trabalho e não regredir”, rematou Daniel Guambe à RFI.
A Electricidade de Moçambique garante que há já vários cidadãos a contas com a justiça pela vandalização das suas infra-estruturas para se retirar o cobre, que é depois colocado à venda no mercado informal.