Vários bancos comerciais inteiraram-se esta terça-feira, 23 de Agosto, das diversas oportunidades que se abrem com a implementação do projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, a ser erguido a 60 quilómetros a jusante de Cahora Bassa, na província de Tete.
Foi num encontro, promovido pelo Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), cujo objectivo foi proporcionar à banca e outros operadores do sector financeiro nacional um momento para a identificação de oportunidades de participação activa nos vários estágios de desenvolvimento e estruturação do investimento, no contexto das estratégias de conteúdo local.
O Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa é o maior investimento na construção de uma central de produção de energia, com potencial de geração de 1500MW e infra-estruturas associadas de transporte de corrente eléctrica de Tete para Maputo.
Dirigindo-se aos presentes, o secretário permanente do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Teodoro Vales, realçou que Moçambique é detentor de uma vasta diversidade de recursos endógenos que, aliados à sua localização estratégica de acesso privilegiado ao mercado regional, constituem importantes vantagens comparativas e competitivas no processo de industrialização nacional, peça-chave da estratégia de diversificação da economia.
O dirigente recordou que, em 2018, o Governo concluiu a elaboração do Plano Director de Infra-Estruturas eléctricas 2018-2043, do qual Mphanda Nkuwa foi identificado como projecto de geração de menor custo a partir de 2029/30 e com dimensão regional, potenciando o País para a exportação de energia excedentária.
“Em 2019, o Governo criou o GMNK para coordenar o desenvolvimento do projecto até ao fecho financeiro. Desde então, o gabinete elaborou a Estratégia de Desenvolvimento do projecto, realizou uma sessão de sondagem de mercado em Setembro de 2021 e elaborou os documentos de Pré-Qualificação e de Qualificação para a selecção de um parceiro estratégico”, avança o jornal Notícias.
Reconhecendo que os bancos nacionais podem não estar ainda preparados para financiar projectos de grande envergadura, como é o caso de Mpanda Nkuwa, Carlos Yum, citado pelo Notícias, defende ser importante que as instituições financeiras estejam familiarizadas com a iniciativa, de modo a aproveitarem as oportunidades que se abrem, sobretudo no plano do conteúdo local.