A empresa pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique e a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), bem como o Terminal de Carvão da Matola (TCM), anunciaram um conjunto de medidas para descongestionar a Estrada Nacional Número Quatro (N4) e outras vias da cidade da Matola, com vista a flexibilizar o transporte de carga.
Entre as medidas em causa, o destaque vai para a criação de um posto avançado junto à báscula de Pessene, para controlar o fluxo de camiões com destino ao Porto de Maputo, conformando-o com a capacidade dos terminais portuários.
Foram também introduzidas soluções digitais para a gestão do fluxo de tráfego com destino às gasolineiras, à semelhança do que já está a acontecer no Porto de Maputo e no TCM, bem como o desenvolvimento de uma área para a melhoria da gestão de tráfego.
Segundo as referidas empresas, estas medidas surgem depois de se notar que, nos últimos dias, um tráfego intenso de camiões com destino ao Porto de Maputo tem bloqueado alguns troços da N4, causando constrangimentos a outros utentes da rodovia.
“Do levantamento feito, concluiu-se que os camiões que causam congestionamento são os que transportam carvão e magnetite, com destino ao TCM, e os de combustíveis que se dirigem aos terminais instalados no porto da Matola”, clarificam as empresas.
Os CFM em particular explicam que o aumento súbito do número de camiões é reflexo de factores como o shutdown [interrupção para manutenção] da linha ferroviária de Ressano Garcia, bem como o aumento do número de veículos de transporte de combustível.
Por outro lado, com o intuito de aumentar o tráfego ferroviário, nos últimos meses, o CFM e a Transnet têm trabalhado em conjunto na migração de carga para a ferrovia. Parte deste trabalho resultou recentemente no acordo de circulação de comboios sem interrupção entre Moçambique e a África do Sul.