O Conselho de Ministros aprovou esta terça-feira, 23 de Agosto, a Estratégia de Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo 2023-2024 visando a eficácia na prevenção e repressão deste tipo de delitos.
O porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, disse, em conferência de imprensa, que o instrumento adoptado pelo Executivo destina-se a promover um ambiente saudável nas operações dos sistemas financeiros e bancários nacionais e internacionais, através de mecanismos que impeçam o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
Com a estratégia aprovada, o Governo coloca Moçambique “em conformidade com os padrões seguidos na região e no mundo na luta contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo”, acrescentou o porta-voz.
Na semana passada, o Conselho de Ministros anunciou que o Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM) recebeu, em 2021, comunicações de mais de 2300 operações suspeitas de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, menos 34% do que em 2020.
Filimão Suaze referiu que as operações suspeitas detectadas pelas instituições financeiras moçambicanas em 2021 envolveram valores superiores a 35 mil milhões de meticais contra 42 mil milhões de meticais em 2020.
O tema do financiamento ao terrorismo ganhou relevo em Moçambique, com a actividade de grupos armados que têm sido conotados com o extremismo violento na província de Cabo Delgado, Norte do País, levando a uma vigilância cada vez mais apertada a sectores económicos considerados vulneráveis ao aproveitamento por grupos radicais.