Moçambique reduziu entre Maio e Agosto deste ano, de 9,8 milhões para 7,2 milhões, o número de pessoas que vivem em alto risco de fome, segundo os dados divulgados pelo Programa Mundial de Alimentação.
Com esta redução, cerca 2,6 milhões de moçambicanos deixaram de ser ameaçados pela insegurança alimentar, uma tendência que resulta das boas colheitas alcançadas na presente campanha agrícola 2021/2022.
Falando durante o Conselho Consultivo do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), Leonor Mondlane, dirigente do organismo, avançou que, com a intervenção do Programa SUSTENTA, aliada a outros programas multissectoriais, o País conheceu um salto significativo no aumento da produção e produtividade, com o crescimento da produção de sementes nas últimas duas campanhas em mais de 100%, ou seja, de cerca de 5900 toneladas para 12 mil toneladas por ano.
Para fazer face aos desafios da área de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), Leonor Mondlane frisou que o Governo decidiu elaborar dois importantes instrumentos orientadores para as intervenções de SAN com vista a reforçar e vincular uma governação integrada e multissectorial mais forte nesta área, nomeadamente a Política de Segurança Alimentar e Nutricional e a III Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (ESAN III) e respectivo Plano de Acção.
Com esta sessão pretendeu-se assegurar uma participação e inclusão dos vários segmentos da sociedade na área de Segurança Alimentar e Nutricional, integrar na proposta da política as ideias e contribuições consensuais dos diferentes intervenientes, e ainda produzir um documento orientador que contribua para o alcance de uma alimentação adequada, vida activa e saudável de todos os moçambicanos.