O projecto destina-se a estimular uma agricultura sustentável e inteligente em termos climáticos e de energias renováveis e a criar empregos para o crescimento económico, bem como a ajudar os esforços de diversificação da Nigéria.
A embaixadora da União Europeia (UE) na Nigéria e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Samuela Isopi, citada pela Ceo Business Africa, disse que a iniciativa tentará ajudar a Nigéria a alcançar um desenvolvimento de baixo carbono, eficiente em termos de recursos e resistente às alterações climáticas, criação de emprego para os jovens e crescimento económico, concentrando-se na agricultura inteligente em termos climáticos, na economia circular e digital e na melhoria da vantagem competitiva da agricultura nigeriana.
A responsável declarou que o trabalho já estava em curso e que continuará até 2027, e garantiu ainda aos interessados que a UE continuará a apoiar o Governo nigeriano na implementação das suas políticas de diversificação económica e novas parcerias com o sector privado.
“Segundo o Acordo Verde da UE, a Iniciativa Economia Verde apoiará os esforços do Governo nigeriano para diversificar a economia, combinando apoio para melhorar o acesso às energias renováveis para usos produtivos e impulsionar o desenvolvimento do sector agrícola, integrando simultaneamente os princípios da economia circular nos modelos de desenvolvimento”, disse ela.
“Colectivamente, as acções ajudarão a Nigéria a alcançar os seus Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, acrescentou.
A Nigéria desenvolveu a sua Contribuição Determinada a Nível Nacional (NDC) em 2015 para a ratificação do Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas e integra várias políticas que constituíram a Política Nacional sobre Alterações Climáticas 2021 – 2030.
De acordo com o Departamento de Alterações Climáticas do Ministério Federal do Ambiente, a Nigéria pretende reduzir a sua intensidade de emissões de gases com efeito estufa (GEE) do PIB em 20% até 2030, em relação à intensidade de emissões do PIB no período de base de 2010 a 2014, numa base incondicional, bem como em mais 45%, numa base condicional, em consequência de receber financiamento climático, transferência de tecnologia e desenvolvimento de capacidades dos países desenvolvidos.
Louvando a iniciativa, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Mohammad Abubakar, disse que o sector agrícola detinha grande potencial para diversificar a economia e proporcionar o crescimento de base ampla necessário para o desenvolvimento como “novo motor de crescimento”.