Num encontro mantido na manhã de ontem, segunda-feira, 15 de Agosto, entre a directora regional da ONUSIDA e o reitor da Universidade Pedagógica de Maputo (UPMaputo), foi evidenciada a preocupação e vontade dos dois órgãos na busca de soluções adequadas para travar o avanço de novas infecções do HIV-SIDA, sobretudo entre a população mais jovem.
Jorge Ferrão recebeu uma delegação chefiada pela directora da ONUSIDA – Africa, Anne Githulku-Shongwe, que se fazia acompanhar pelo director da ONUSIDA-Moçambique, Michel Kouakou, num encontro que serviu para identificar áreas de cooperação entre a UPMaputo e a ONUSIDA, bem como a realização de uma conferência conjunta nos próximos meses.
Neste sentido, o reitor da UPMaputo referiu que a instituição tem desenvolvido acções muito concretas que visam inverter a tendência actual caracterizada pelo aumento de infecções, sobretudo nas camadas jovens, através do projecto “TXEKAJÁ”, uma iniciativa em parceria com a ONUSIDA, Ministério da Saúde e Instituições de Ensino Superior.
O reitor considera a comunicação como sendo uma ferramenta importante para a difusão de atitudes responsáveis, uma vez que a UPMaputo está vocacionada para a formação de professores do ensino secundário e na sua participação nos institutos de formação de professores primários.
Por sua vez, a directora regional da ONUSIDA mostrou-se disponível para apoiar as iniciativas da UPMaputo em coordenação com a iniciativa TXEKAJÁ, o que deverá passar por uma estratégia de comunicação adequada, priorizando a difusão de mensagens pedagógicas para a mudança de atitudes.
“É preciso parar o avanço das infecções, sobretudo entre a população homossexual, educar a juventude para uma vida saudável longe do álcool e das drogas, o que passa pela difusão de mensagens positivas para a promoção da mudança de atitudes num compromisso possível”.
Tendo em conta a particularidade de, na UPMaputo, o número de mulheres (58%) superar o dos homens (42%), este facto faz desta universidade um viveiro de agentes de mudanças de atitudes na sociedade, pois, de acordo com dados recentes da resposta global para travar as infecções pelo HIV-SIDA, as mulheres são 3% mais propensas à transmissão.