A organização não-governamental (ONG) moçambicana Instituto para a Democracia Multipartidária lançou na última sexta-feira, 12 de Agosto, na cidade da Beira, uma iniciativa para “gestão inclusiva” dos recursos naturais e prevenção de conflitos na sua exploração.
“Queremos criar um fórum de diálogo para uma gestão inclusiva e pacífica dos recursos naturais em Moçambique”, através da “prevenção de conflitos, preparação e resposta a crises”, disse Dércio Alfazema, representante do Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD, na sigla inglesa) em Sofala, centro do País.
O projecto denominado “Por uma Sociedade Inclusiva e Pacífica em Moçambique” tem a duração de três anos e vai abranger as províncias de Inhambane, Sofala, Tete, Niassa e Cabo Delgado, as “mais propensas à exploração de recursos naturais”, segundo a ONG.
“[As províncias] acolhem grandes projectos no sector de mineração, petróleo e gás em Moçambique”, frisou Dércio Alfazema, referindo que os recursos podem gerar “insatisfação, conflitos e problemas de difícil resolução para o Governo” caso os processos para a sua exploração sejam “conduzidos de forma pouco transparente”.
A iniciativa é implementada por um consórcio formado pelo IMD, e as ONG Finn Church Aid (FCA), pelo Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), em colaboração com o Conselho das Religiões em Moçambique e o Faith Associates, sendo financiada pela União Europeia, avançou o responsável sem mencionar o montante disponibilizado.