O projecto de construção do porto e linha férrea Chitima-Moatize-Macuse pode tirar partido da actual procura elevada do carvão nos mercados internacionais provocada pela crise do gás na Europa.
Para o arranque efectivo das operações é necessário mobilizar investimento na ordem dos 2,7 mil milhões de dólares.
O projecto, encalhado há anos por falta de investimento, pode ganhar novo alento, fruto da crise do gás provocada pelo conflito Rússia-Ucrânia que reactivou a utilização do carvão mineral como fonte energética.
Trata-se de uma iniciativa que devia ter arrancado no primeiro trimestre de 2016 para escoar o carvão da zona carbonífera da província de Tete até ao porto de águas profundas de Macuse, na província da Zambézia, centro do País, e, a partir de lá, o produto seguir para os mercados consumidores.
Esta quinta-feira, 11 de Agosto, a Thai Moçambique Logística (TML) assegurou, em Maputo, durante uma conferência de imprensa, que estão reunidas as condições para avançar com o projecto ferro-portuário Chitima-Macuse.
“A Italian-Thai Development Corporation abraçou este projecto desde 2014 até hoje, tendo-o financiado totalmente no que diz respeito à sua viabilidade técnica e económica”, começou por esclarecer o membro da Comissão Executiva da Thai Moçambique Logísticas, José Fonseca, assegurando que “estão reunidas as condições para avançar com o projecto ferro-portuário Chitima-Macuse”.
O posicionamento da TML surge dias depois de a imprensa moçambicana ter divulgado informações que alegavam que os seus accionistas maioritários iriam abandonar o projecto de construção da ferrovia que une Chitima, em Tete, e Macuse, na Zambézia.