A Thai Moçambique Logística (TML) assegurou, esta quinta-feira, 11 de Agosto, em Maputo, durante uma conferência de imprensa, que estão reunidas as condições para avançar com o projecto ferro-portuário Chitima-Macuse.
Trata-se de um projecto avaliado em 2,7 mil milhões de dólares, em que a Companhia Pública de Desenvolvimento Italiano-Tailandesa (Italian-Thai Development Corporation Limited ‘ITD’) detém 60% do projecto e a Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e o Corredor de Desenvolvimento da Zambézia (CODIZA) detêm 20% cada.
“A Italian-Thai Development Corporation abraçou este projecto desde 2014 até hoje, tendo-o financiado totalmente no que diz respeito à sua viabilidade técnica e económica”, começou por esclarecer o membro da Comissão Executiva da Thai Moçambique Logísticas, José Fonseca, assegurando que “estão reunidas as condições para avançar com o projecto ferro-portuário Chitima-Macuse”.
O posicionamento da TML surge dias depois de a imprensa moçambicana ter divulgado informações que alegavam que os seus accionistas maioritários iriam abandonar o projecto de construção da ferrovia que une Chitima, em Tete, e Macuse, na Zambézia.
José Fonseca explica que, “apesar de algumas dificuldades que foram surgindo ao longo do caminho, nomeadamente a pandemia do covid19, e agora esta perturbação económica ao nível mundial, que tem trazido alguns desafios adicionais no sentido de conseguir a implementação objectiva, a Italian-Thai Development Corporation preocupa-se com o desenvolvimento de Moçambique. Como tal, em colaboração com os seus accionistas moçambicanos, tem mantido toda a sua capacidade financeira no sentido de levar o projecto a bom termo”.
“Neste sentido, entendemos que era muito importante antecipar este processo de construção efectiva da obra. Iniciámos o reassentamento no porto e considerámos que a sua infra-estrutura era prioritária, sobretudo por estar ligada a um processo de financiamento mais acelerado”, vincou José Fonseca. “Temos o calendário da construção do porto estimado em 36 meses”, acrescentou.
José Fonseca esclarece ainda que, “na construção da ferrovia, estamos na fase de preparação de censos definitivos para avaliar o número de famílias que terão de ser realojadas para dar lugar a ferrovia”.
Aliás, no que diz respeito ao reassentamento das famílias que originará os projectos, José Fonseca observa que “o projecto de reassentamento da vila é complexo, porque não reside apenas na construção de novas casas, uma vez que foi criada uma nova vila, onde estão considerados e contemplados todos os equipamentos sociais complementares às habitações”.