O País está a emitir sinais fortes e concretos da retoma da economia, segundo avançou o Presidente da República, Filipe Nyusi, durante o discurso do anúncio das “Medidas de Estímulo à Economia”, nesta terça-feira, 9 de Agosto.
“O País está a crescer. A título de exemplo, no primeiro semestre registámos um crescimento de 4,59%, que se revelou acima das projecções iniciais, acima da média de crescimento da economia da região e do continente”, revelou Nyusi.
De acordo com o Chefe de Estado, actualmente o objectivo é adoptar uma economia mais diversificada e competitiva, intensificando os sectores produtivos, com potenciais para elevar a geração de renda e criação de mais oportunidades de emprego, sobretudo para a camada jovem.
Apesar dos desafios “críticos” colocados pela acção terrorista na província de Cabo Delgado, que já causou mais de 850 mil deslocados internos, a pandemia do covid-19, bem como pelos frequentes eventos climáticos, o estadista afirma que Moçambique continua em “pé e na rota de crescimento”, estando consciente de que é necessário fazer-se ainda mais para sustentar os ganhos até aqui conseguidos.
“O País tem muito para dar certo. Temos uma costa com os melhores portos de África, que representa uma importância crítica para a competitividade da região, temos terra com potencial significativo para alcançar a produção de diversas culturas, existe um enorme potencial energético, temos florestas, recursos minerais e o mar”, elucidou.
Na mesma senda, Filipe Nyusi chamou a atenção do sector empresarial, salientando que “precisamos prestar maior atenção na área do capital, para acelerar o desenvolvimento. O capital é um factor de produção que inclui o material, o financeiro, o humano e o intelectual. Precisamos produzir mais e melhor”.
Em termos gerais, Nyusi informou que o País registou, até ao fim do primeiro semestre do ano em curso, uma inflação de 7,22%, contra 5,3% inicialmente previstos, acrescentando que estes números continuam abaixo da média da região. Ainda assim, o Presidente considera a inflação preocupante, pois resulta no aumento do custo de vida para os moçambicanos e coloca em causa as perspectivas de evolução da economia num futuro próximo.