A actividade empresarial em Moçambique continua a reanimar-se dos vários fenómenos que afectam a estabilidade económica. Segundo o Índice de Robustez Empresarial divulgado esta quinta-feira, 5 de Agosto, pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), o desempenho empresarial assinalou uma certa tracção no segundo trimestre do ano em curso comparativamente ao primeiro trimestre, tendo aumentado em um ponto percentual, passando de 27% para 28%.
Segundo o presidente da CTA, Agostinho Vuma, os principais impulsionadores deste incremento foram o início da campanha de comercialização agrícola, exportação de produtos como o algodão e camarão e a melhoria do desempenho do sector de turismo principalmente em províncias como Inhambane e Manica.
“Este desempenho não foi mais pronunciado por conta dos impactos do aumento do preço de combustíveis cujos efeitos se reflectiram directamente no sector de transportes, sector esse que também se deparou com a elevação dos custos de manutenção. É importante notar que este sector tem um efeito transmissor na economia, o que tem propiciado o agravado dos preços dos bens”, anuiu Vuma durante a apresentação da 9.ª edição do “Economic Briefing”, em Chibuto, província de Gaza, Sul do País.
O relatório aponta também uma melhoria no índice de emprego durante o período em análise. Ainda assim, para o sector privado, o mercado de trabalho continua frágil constatando-se que há uma preferência para a contratação de mão-de-obra temporária ou a tempo parcial, principalmente nos sectores da agricultura e construção.
Assim, o empresariado considera que a actividade das empresas no terceiro trimestre poderá continuar numa tendência crescente. Entretanto, “há o risco de uma conjuntura caracterizada por persistência da alta de preços de bens e serviços cujo impacto poderá ser a diminuição da procura e, consequentemente, a retracção dos lucros de exploração”.
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