O ouro valoriza, numa altura em que os investidores digerem os mais recentes comentários de alguns membros da Reserva Federal norte-americana (Fed) e ainda no rescaldo do efeito “Pelosi”, depois de a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA ter suscitado algum nervosismo nos mercados com a visita a Taiwan.
O metal amarelo soma 0,31% para 1770,178 dólares por onça.
Depois do fim da viagem de Nancy Pelosi – classificada por Pequim como “provocatória e perigosa” – Taiwan prepara-se para uma série de exercícios militares no espaço aéreo da Ilha, o que pode suscitar o sentimento de procura por activos refúgio da parte dos investidores.
Por outro lado, o mercado está atento aos sinais dados por alguns membros da Fed sobre o futuro da política monetária nos EUA. O presidente regional do banco central em St.Louis defendeu a necessidade de mais aumentos de grande dimensão de subida das taxas de juro e apontou para que os EUA terminem o ano com a taxa de fundos federais num intervalo entre 3,75% a 4%.
Na última reunião, o banco central subiu a taxa de referência em 75 pontos base para um intervalo entre 2,25% e 2,5% e deu sinais de um possível abrandamento no ritmo da subida das taxas de juro, caso a inflação o permita. Ainda assim, os analistas como Eduard Moya acreditam que o tempo dos aumentos de menor dimensão ainda não chegou, o que pode beneficiar o dólar e, consequentemente, prejudicar o ouro.
“Parece que as chances de uma subida de 75 pontos base estão em cima da mesa, o que deve sustentar o dólar e dificultar a recuperação do ouro acima da linha dos 1800 dólares [por onça], explica o especialista citado pela Bloomberg.
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