A produção e impressão de cartas de condução em Moçambique passam a ser da total responsabilidade do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO), informou, nesta quarta-feira, 3 de Agosto, a entidade.
“A produção física da carta de condução neste momento passa para o Estado”, disse Napoleão Sumbana, porta-voz do INATRO, citado pela Lusa.
A decisão surge após o País ficar por mais de seis meses sem produzir cartas de condução biométricas, em resultado de uma dívida avaliada em cerca de 40 milhões de meticais que o Estado possuía com a empresa subcontratada que imprimia os documentos, a Brithol Michcoma.
Durante a suspensão, a entidade esteve a produzir cartas de condução temporárias, cuja validade era de três meses.
A emissão das cartas de condução biométricas retomou no passado dia 11 de Julho e, actualmente, a responsabilidade de produzir os documentos é do Instituto, que está a instalar uma fábrica no seu próprio edifício em Maputo.
O porta-voz da entidade avançou que há uma empresa nova que foi contratada no processo, mas a missão desta nova companhia é instalar a fábrica e prestar a assistência técnica aos quadros do INATRO que vão operar as máquinas.
“Nesta primeira fase, a empresa [subcontratada] será responsável por garantir a assistência técnica e o processo de formação para que este conhecimento todo seja passado para os moçambicanos”, frisou Napoleão Sumbana.
As máquinas que serão usadas na nova fábrica têm a capacidade de produzir mensalmente 9800 cartas de condução. As novas cartas de condução, que estão a ser produzidas pelo INATRO desde Julho, têm características diferentes, como “a cor e disposição da identificação do condutor, além do reforço de dispositivos de segurança, que passaram de 13 para 24”, segundo a entidade.