A produção pecuária nacional registou um crescimento em 9%, contra a média de 4,4% registada nos últimos dez anos, segundo revelou o ‘Balanço da Produção Pecuária da Campanha 2020-2021’ divulgado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER).
Esta evolução é fruto da implementação do programa Sustenta. De acordo com o MADER, a produção de carnes vermelhas foi de 159 992 toneladas, um crescimento de 13%, das quais 17 781 toneladas são de carne bovina, que representa 18% do total.
“O aumento da produção de carne é justificado pela subida da taxa de extracção de 7% para 8%, do peso médio de carcaça de 132 kg para 135 kg e do abate de animais em matadouros e casas de matança credenciadas”, refere.
A produção de pequenos ruminantes foi de 3240 toneladas contra 2965 de 2020, o que representa um crescimento de 10%.
Na mesma senda, o documento acrescenta que a produção da carne caprina foi de 2763 toneladas e a ovina 484 toneladas. Igualmente, foram produzidas 135 708 toneladas de carne de frango, um crescimento de 13%, o que permitiu o fornecimento de 98% do consumo nacional.
“A produção de ovos, com 24 729 832 dúzias, representando um crescimento de 18%. Há ainda a assinalar o registo da maior produção de vacinas no país, com 45 682 900 doses, o que representa um crescimento de 101%”, salienta o documento.
Entretanto, verificou-se uma redução na ocorrência de doenças com impacto negativo no sector, com destaque para a febre aftosa, que, depois de quatro anos de ocorrência de focos, não se registou nenhum caso em 2021.
“A não ocorrência desta doença deveu-se ao maior rigor na implementação de medidas de prevenção, nomeadamente a cobertura de vacinação em cerca de 98% e ao registo obrigatório e monitoria de transporte/transportadores de animais”, frisou o MADER.
O efectivo pecuário está avaliado em 70 904 653 687,50 meticais, sendo que o gado bovino representa 64,4%.
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