A produção de semente certificada na presente campanha, segundo os dados partilhados com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), foi de 12 061 toneladas, o que mostra um crescimento de 18,3% face à campanha 2020/2021, onde se registou uma produção de 10 196 toneladas.
As províncias de Manica, Zambézia e Nampula figuram como as maiores produtoras de semente em Moçambique, sendo que, na campanha 2021/22, o crescimento da produção foi impulsionado pela procura de sementes das culturas eleitas do Programa SUSTENTA tais como (milho, soja, gergelim, feijões, arroz e amendoim).
Por outro lado, no balanço do sub-sector de Insumos Agrícolas na Campanha Agrária 21/22, apresentado pelo MADER, explicou-se que o sector agrícola usou 11 969 toneladas de sementes, registando um crescimento médio de 58% nos últimos três anos. “Mais uma vez, o Programa SUSTENTA foi o responsável pelo aumento do uso de sementes, através do fomento de cerca de 50% da semente certificada, usada na presente campanha, num volume de 5930 toneladas”, frisa o documento.
A necessidade de uso de sementes no País é de 90 mil toneladas, sendo que o uso de semente certificada corresponde a 13,3% do total das necessidades de Moçambique.
Por sua vez, o uso de fertilizantes registou um crescimento médio de cinco vezes mais, relativamente aos últimos três anos, passando de 6,38 kg/ha em 2019 para 29,9 kg/ha em 2021.
O uso nacional de fertilizantes cresceu em 12% face à campanha anterior, tendo o Programa SUSTENTA representado 11% da demanda nacional.
“O uso de pesticidas em Moçambique tem crescido a uma média anual de cerca de 31%. No período em análise, o volume de pesticidas usado decresceu em 33% face à campanha anterior, cenário que não afectou significativamente a produção agrícola por não se ter registado ocorrência de pragas de grande impacto económico. O preço médio de pesticidas aumentou em 37%, quando comparado com a campanha anterior”, conclui o MADER.
O SUSTENTA é um programa nacional de integração da agricultura familiar em cadeias de valor produtivas, que tem como o objectivo melhorar a qualidade de vida dos agregados familiares rurais através da promoção de agricultura sustentável (social, económica e ambiental).