O Governo moçambicano, através do sector das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos e parceiros, está a mobilizar recursos financeiros para assegurar intervenções na Estrada Nacional Número Um (N1), a partir do segundo semestre de 2023.
A informação foi tornada pública no VIII Conselho Coordenador do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, que terminou na última sexta-feira, 22 de Julho, em Matibane, distrito de Mossuril, província de Nampula.
O Governo considera legítimas as preocupações dos cidadãos em relação à transitabilidade na estrada que liga o País do Rovuma ao Maputo, bem como na N7, esta última estabelecendo conexão entre as províncias de Manica e Tete e ainda com os vizinhos Maláui e Zâmbia.
O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, lembrou que o País é extenso e, por isso, as intervenções deverão ocorrer de forma faseada. Realçou, porém, que a paz é crucial para a retoma da reabilitação da estrada nas zonas mais críticas.
O governante precisou que a mobilização de fundos para o início das intervenções no próximo ano está já na fase conclusiva e ressalvou que, com recursos internos, decorrem actividades com vista a garantir a transitabilidade segura de pessoas e bens até ao arranque da reabilitação.
Paralelamente aos desafios que se colocam em relação à N1, o Governo está comprometido com a conclusão das estradas Montepuez-Ruaça, na província de Cabo Delgado, que fecha o corredor Pemba-Lichinga, Muíta-Cuamba, que liga Cuamba-Lichinga, no Corredor de Nacala, e o troço Caniçado-Mapai-Chicualacuala, no Corredor Rodoviário do Limpopo.
Segundo Carlos Mesquita, neste momento está em curso o programa de manutenção de estradas rurais que, numa primeira fase, contempla as províncias de Nampula e Zambézia, numa extensão de cerca de dois mil quilómetros. Anotou que as rodovias são necessárias para garantir a redução do tempo de viagem, promover o turismo, facilitar a ligação aos pólos de desenvolvimento e dinamizar a produção agrícola, pesqueira e industrial.
De acordo com o governante, as realizações do sector que dirige serão sempre acompanhadas de uma política de fiscalização estruturada, para assegurar a construção de infra-estruturas de qualidade e resilientes às mudanças climáticas.
O VIII Conselho Coordenador do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos decorreu sob o lema “Promovendo investimentos em infra-estruturas de qualidade e sustentáveis”.