A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) assume que o aumento da produção e da produtividade é um factor que pode concorrer para fazer face à actual alta de preços, habilitando o País a resistir aos choques externos.
A posição foi avançada em Nampula, Norte do País, pelo vice-presidente da CTA, Prakash Prehlad, que representou os empregadores na recém-terminada reunião anual do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
A CTA propõe ao Governo uma série de medidas, entre elas a manutenção da estabilidade da taxa de câmbio, facto que o Banco de Moçambique tem alcançado ao longo dos últimos meses.
A criação de mecanismos para impulsionar a produção interna, a revisão da carga tributária que incide sobre os principais bens de consumo, a concessão de subsídios para os transportadores ou uma política de preços diferenciados na aquisição de combustíveis são parte das medidas propostas e anunciadas por Prehlad.
Numa outra esfera de intervenção, a CTA, segundo a fonte citada pelo Notícias, propõe um maior investimento do Governo na comunicação para informar a população sobre a actual conjuntura macroeconómica.
O vice-presidente da CTA afirmou, por outro lado, que a conjuntura vigente desafia todos os actores para a necessidade de assegurar a coesão social em Moçambique o que remete para uma intervenção daqueles no contexto da Comissão Consultiva do Trabalho (CCT).
“Neste sentido, no quadro da manutenção da paz social, somos da opinião que é necessária uma reflexão a nível da CCT como plataforma que congrega os actores sociais sobre as suas atribuições e competências, de forma a evitar a dispersão de esforços na busca da almejada paz social”, defendeu.
A fonte entende ainda ser necessária uma maior coordenação na actuação entre os actores do diálogo público e privado para monitorar e evitar a agitação social. “Advogamos um diálogo permanente entre os ministérios sectoriais e as suas contrapartes no sector privado, deixando a responsabilidade de coordenação das matérias transversais a nível laboral para o Ministério do Trabalho e Segurança Social, como coordenador do fórum de concertação social”, concluiu.
Na última sexta-feira, a ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, anunciou para breve a realização de uma sessão da CCT e explicou que, devido aos últimos eventos que decorreram no País, é urgente que os parceiros sociais avaliem a situação para que sejam tomadas medidas adequadas.