O Fundo para o Fomento da Habitação (FFH) está a reestruturar o financiamento aos vários projectos, na sequência da crise gerada pela pandemia do covid-19 e da conjuntura socioeconómica actual.
Com efeito, os beneficiários das casas construídas no âmbito da iniciativa presidencial “Habita Moçambique”, que perderam as suas fontes de renda, gozarão da medida até à normalização da situação.
O presidente do Conselho de Administração (PCA) do FFH, Armindo Munguambe, garantiu que o sector está a desenhar projectos que possam ser implementados dentro desta conjuntura adversa, uma vez que, nos últimos anos, se tem verificado uma grande demanda por habitação.
Explicou que a instituição tem recebido pedidos de mutuários que, por conta do covid-19 e de outras adversidades, perderam os seus empregos ou viram os seus rendimentos reduzidos e, por via disso, não estavam a conseguir honrar os seus compromissos.
“Nestes casos, reestruturámos os pagamentos até que a pessoa resolva a situação. Sabemos que o País está a atravessar uma situação economicamente difícil, por isso atendemos aos pedidos dos beneficiários”, referiu Munguambe ao Notícias.
Nos casos em que os prazos de pagamento são ultrapassados, o processo é tramitado conforme a lei, através de persuasão, cobranças extrajudiciais e, em última instância, cobranças judiciais.
“Até agora, os mutuários tendem a resolver sem que se chegue à última instância. Porém, existem casos em que o tribunal decidiu pela devolução das casas. A nossa luta é, contudo, que as pessoas tenham as suas prestações em dia, sem que se opte por cobranças coercivas”, afirmou.
Desde o início do ciclo de governação foram investidos cerca de 800 milhões de meticais na construção de 457 casas de uma forma global, entre conjuntos habitacionais e apartamentos.
O investimento projectado para o quinquénio 2019- 2024 é de 7,5 mil milhões de meticais, incluindo recursos por mobilizar e disponíveis que vão contribuir para melhorar o acesso à habitação condigna por parte da população.