O contexto é o dos Estados Unidos da América, mas poderia acontecer em dezenas de outros países: enfermeiras e enfermeiros em esgotamento. Já era um cenário visível em muitos profissionais de enfermagem mas a covid-19 acentuou essa tendência nos últimos dois anos e meio.
Por isso, o Moxi, um robot com pouco mais de um metro, surgiu como uma ajuda importante para as enfermeiras do Hospital Mary Washington, em Fredericksburg, Virgínia, um dos vários que têm recebido esse precioso auxílio.
O Moxi mede 1,20 metros e é um robot programado para auxiliar técnicos de saúde no transporte de medicamentos, materiais de apoio, amostras de laboratório e artigos pessoais. É uma forma de suavizar o “esgotamento pandémico”, como descreveu a gestora de enfermeiras Abigail Hamilton, em declarações à revista Wired. O Moxi é o caso destacado no artigo mas outros robots têm aparecido para ajudar os profissionais de saúde, que têm estado sob uma pressão (ainda) maior.
Nos EUA, quase metade dos enfermeiros sentiam que a sua vida pessoal era muito condicionada pela vida profissional. Isto…antes da pandemia. O coronavírus acentuou o denominado burnout.
E a pressão para quem continua só aumenta quando um estudo divulgou que 67% de enfermeiras e enfermeiros pensam, ou pensaram, em mudar de carreira profissional.
Este contexto de pandemia acelerou a presença de robots nos hospitais. Um robot como o Moxi poderia, por exemplo, circular entre salas ou serviços sem restrições, ao contrário dos humanos. E é menos uma tarefa para as condicionadas – em dois sentidos – enfermeiras. E também permite ajudar na desinfecção de profissionais ou ajudar a levantar pessoas debilitadas da respectiva cama.
O Moxi recebe alertas, ou através da voz nas próprias salas de enfermagem, ou através de mensagens escritas.