Durante o XV Fórum do Algodão da África Austral e Oriental (SEACF), que decorre esta quinta-feira, 30 de Junho, em Maputo, foi feito o desafio aos produtores moçambicanos de iniciar a transição da produção do algodão tradicional para o orgânico, por ser mais ecológico e rentável.
“A agenda de algodão em Moçambique é emergente e está enquadrada na política de desenvolvimento do sector agrário, sendo que constitui um dos desafios lançados neste fórum: a transição da produção convencional do algodão para uma produção mais orgânica”, afirmou o inspector-geral do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rui Mapatse, durante o seu discurso de abertura.
Para Mapatse, “o cultivo do algodão orgânico em Moçambique não será de fácil implementação, requer a utilização de tecnologias adequadas, pesquisa sobre as melhores práticas, a introdução de pacotes de assistência técnica aos produtores e as necessárias mudanças culturais”, anuiu, aludindo, a seguir, às vantagens desta transição ao nível da cultura do algodão para o sector, facto corroborado por alguns dos produtores presentes, que acreditam que a produção do algodão orgânico mudará significativamente a vida dos produtores familiares do ‘ouro branco’.
“Para nós, produtores, pode ser, de facto, benéfico porque é um segmento que tem mercado fora do País”, disse o presidente do Fórum dos Produtores Nacionais do Algodão, Benson Khenasse Simoco.
O algodão orgânico refere-se a uma técnica de produção que não permite o uso de fertilizantes sintéticos (químicos) no processo, assim como de sementes transgénicas.
O XV Fórum do Algodão da África Austral e Oriental (SEACF) tem como tema “Perspectivas para o Algodão Orgânico em África” e decorre até esta sexta-feira, 1 de Julho.