O petróleo está a negociar em terreno negativo, a caminho da terceira queda semanal, a maior sequência consecutiva de perdas este ano. O barril negociado tanto em Londres como em Nova Iorque caiu cerca de 8% em Junho, à medida que aumentam os receios dos investidores em relação a uma potencial desaceleração económica global.
A pesar na negociação do crude está uma junção de factores como a guerra na Ucrânia, interrupções no fornecimento e o aumento da procura.
Esta quinta-feira, 30 de Junho, esteve reunida a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (o grupo OPEP+), que anunciaram um aumento da produção em Agosto, tal como divulgado no início de Junho, numa altura de persistente escassez na oferta de crude face à procura.
Ainda assim, na prática, não deverá ser visível um aumento na produção devido à falta de capacidade da maior parte dos países da organização. Esta é uma das razões que está a motivar uma visita ao Médio Oriente por parte do presidente norte-americano, Joe Biden, com o objectivo de pedir aos maiores exportadores de petróleo para produzirem mais de forma a reduzir os preços desta matéria-prima.
O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, segue a cair 0,40% para 108,59 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI), “benchmark” para os Estados Unidos, cede 0,58% para 105,15 dólares por barril.
“Nós estamos a ver um mercado de petróleo e gás cada vez mais apertado – e estamos a sentir isso neste momento. Eu acho que é provavelmente justo dizer que há um certo factor de medo generalizado no preço do petróleo, mas também é verdade que a capacidade de reserva é limitada”, explicou o CEO da petrolífera Shell, antes da reunião do grupo OPEP+.
“E, claro, eu não sei quanta capacidade de reserva têm os países da OPEP, mas não é tanto quanto muitas pessoas esperam ou pensam, é a minha estimativa”, esclareceu ainda.