A Companhia Moçambicana de Gasoduto (CMG), uma subsidiária da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), e a Companhia Sul-africana de Desenvolvimento de Gás (iGAS), subsidiária do Fundo Central de Energia (CEF), anunciaram nesta quarta-feira, 29 de Junho, em Joanesburgo, a conclusão da aquisição de 30% da participação da Sasol na ROMPCO (Companhia de Investimento de Gasoduto) no âmbito do exercício do seu direito de preferência.
Segundo um comunicado partilhado com o DE, esta operação significa que a CMG e a iGAS passam a ser os accionistas maioritários na ROMPCO, uma vez que as suas participações aumentarão dos anteriores 25% para 40%, respectivamente, com a Sasol a deter uma participação minoritária de 20%.
Reagindo sobre a conclusão bem-sucedida desta transacção, o PCA da ENH, Estevão Pale, disse que o fecho financeiro simboliza o compromisso do Governo de Moçambique na comercialização do gás natural, a longo prazo, entre a África do Sul e Moçambique, e o papel que o gás natural desempenha na transição energética no país e na região.
“Esta conquista é resultado de um envolvimento e cooperação público-privada de longo prazo”, acrescentou Pale.
Por sua vez, o director-executivo do Grupo CEF, Ishmael Poolo, afirmou que “estamos muito satisfeitos por termos alcançado um fecho financeiro de aquisição destas acções. A nossa abordagem robusta na sua aquisição está alinhada com a nossa estratégia recém-adoptada de sermos um investidor estratégico na cadeia de valor de energia, voltada para atender às necessidades energéticas da região. Esta transacção também abrirá caminho para o grupo liderar a segurança energética e um programa de transição energética justa para a África do Sul”, enfatizou Poolo.
Por seu lado, a presidente do CEF, Ayanda Noah, frisou que “a aquisição destas acções também anuncia uma nova era na promoção de parcerias voltadas para o desenvolvimento energético integrado regional, crítico para o desenvolvimento socioeconómico em ambos os países”.
“Antes desta transacção, a ROMPCO, detentora do gasoduto de 865 quilómetros de extensão de Moçambique para a África do Sul, era uma sociedade constituída pela Sasol África do Sul (50%), a CMG (25%) e a iGAS (25%)”, pode ler-se ainda no comunicado.