A multinacional Tongaat Hulett, que explora as açucareiras de Mafambisse, em Sofala, e de Xinavane, na província de Maputo, anunciou que está comprometida em manter a sua actividade em todas as operações no País, ao mesmo tempo que continuam os esforços para a sua recapitalização.
A companhia reagia desta forma a informações postas a circular há dias nalguma imprensa estrangeira dando conta de uma suposta venda de activos da Tongaat Hulett em Moçambique.
Numa nota, a Tongaat confirma que esteve em contactos com um investidor interessado nas operações da empresa. “Não estamos em condições de fornecer quaisquer detalhes de quem se aproxime de nós, mas podemos confirmar que uma parte nos abordou a este respeito com uma expressão de interesse inicial e exploratória não vinculativa”, refere a empresa.
Acrescenta que, tendo em conta que o interesse desta parte era a aquisição de activos, não foi possível prosseguir com as conversações. “É importante notar que a Tongaat continua empenhada numa recapitalização e permanece firme na opinião de que um aumento de capital é uma alternativa melhor às vendas estratégicas de activos”, sustenta a companhia açucareira.
Nas duas fábricas que detém em Moçambique, a Tongaat Hulett é responsável em cerca de 60% da produção do açúcar nacional. Para além de grandes produtores comerciais que a abastecem, a companhia também tem apostado num sistema de fomento de produção de cana-de-açúcar envolvendo as comunidades locais.
Actualmente integra mais de três mil pequenos produtores independentes, organizados individualmente ou em associações. Há pouco tempo, estes pequenos produtores eram responsáveis pelo fornecimento de perto de 38% de cana usada para fabrico de açúcar.
Segundo dados partilhados recentemente, a Tongaat indicava que pretendia a obtenção de recursos para utilizar no reposicionamento do grupo de forma sustentável e ajudar a assegurar o futuro dos seus cerca de 29 mil trabalhadores em operações na África do Sul, Moçambique, Zimbabué e Botsuana.