Os Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) registaram uma redução do lucro de 36% em relação ao apurado no exercício económico de 2020. O resultado líquido da empresa situou-se em 3,3 milhões de meticais, segundo indica o Relatório e Contas de 2021 divulgado pelo O País.
Apesar de a área portuária ter registado um nível de execução de 94%, que corresponde a um incremento de 18% em relação a 2020, e os terminais portuários terem registado um crescimento na ordem dos 5%, uma execução de 107% em relação ao plano, a empresa CFM registou um decréscimo de 36% no seu lucro do ano passado.
De acordo com o documento “no sistema ferroviário global, de Janeiro a Dezembro de 2021, foram transportados cerca de 18,6 milhões de toneladas líquidas, contra cerca de 16,8 milhões transportados em 2020, representando um crescimento de 13% e um nível de execução de 75% em relação ao planeado”.
Nas linhas operadas pela firma durante o período em análise, foram transportados cerca de 10,6 milhões de toneladas, contra 10,5 milhões transportados no mesmo período de 2020, o que corresponde a uma realização de 85% em relação ao plano, tendo crescido 1% comparativamente ao volume transportado no período homólogo.
No entanto, segundo o Relatório e Contas dos CFM, o lucro, antes da retirada dos impostos, registou um decréscimo de 36%, e depois de impostos fixou-se em 4,7 milhões de meticais, representando uma redução de 39% face ao resultado de 2020.
No exercício em análise, o activo total ascendeu a 63,2 milhões de meticais, representando um acréscimo de 10%, face ao ano de 2020. O passivo total cresceu em 19%, ao passar de 17,7 milhões de meticais em 2020 para 20,2 milhões de meticais em 2021. A situação líquida do valor de 42,2 milhões de meticais correspondeu a um aumento na ordem dos 7% relativamente ao ano transacto.
Em termos de transportes de passageiros, no período em análise, foram transportados 3,1 milhões de passageiros contra 3,5 milhões registados em igual período do ano anterior, o que corresponde a uma redução de 13% e a um nível de realização de 71%.
Entre os factores que condicionaram o crescimento da empresa, o relatório destaca os efeitos do confinamento social motivado pela pandemia do covid-19.