Um conjunto de activistas sociais defenderam esta terça-feira, 21 de Junho, durante um webinar sobre o espaço da sociedade civil na governação de recursos naturais em Moçambique, realizado pelo Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD), a necessidade de se abrir espaço para a sociedade civil na governação dos recursos naturais.
“É importante dizer que o espaço da sociedade civil é um espaço de articulação, de influenciar processos de tomada de decisão. O espaço cívico é considerado existente numa sociedade em que existe abertura e espaço democrático. Moçambique é uma república que respeita os processos democráticos”, explicou o activista Jordão Matemula.
Matemula explica que “a organização de uma marcha nos últimos anos tem sido um debate. É quase impossível realizar uma marcha em Moçambique”, ressalvou, sublinhando que ” um espaço cívico existe e manifesta-se quando os cidadãos têm espaço para reivindicar os seus direitos, e quando têm direito de influenciar o quadro político”.
Por sua vez, Latifa Ibrahimo, consultora na Unidade de Gestão do processo Kimberly, fala da importância da sociedade civil naquele ramo.
“O representante da sociedade civil tem de ser capaz de partilhar informações com outras organizações. Este tem um papel muito importante para a divulgação de normas do processo Kimberly, como chamar o ilegal, o arsenal para uma actividade mais formal” referiu.
O activista zimbabueano, Mutuso Dhliwaio, considera que é tarefa da sociedade civil exigir responsabilização do Governo na gestão das receitas da indústria extractiva.
“Como estão a gerir estes recursos? Se viermos a descobrir que os nossos direitos não estão a ser respeitados, então exigiremos responsabilidades a fim de saber como estão a ser geridos os nossos recursos”, explicou.
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