Perto de 80 mil pequenos agricultores de toda a província de Tete e parte dos distritos de Manica, Zambézia e Nampula poderão beneficiar, até 2024, de uma acção interventiva do Programa Mundial para a Alimentação (PMA), visando reduzir perdas pós-colheita.
Trata-se da segunda etapa da iniciativa “Zero Perdas Pós-colheita”, que consiste, basicamente, no uso de sacos da tecnologia de armazenamento hermético na preservação de legumes e cereais secos, para além da preparação do pequeno agricultor no uso de estratégias de respostas baseadas no mercado.
O programa foi lançado na última sexta-feira, na cidade de Tete, pelo governador da província, Domingos Viola, que avaliou positivamente a fase de teste do projecto, que decorreu de 2018 a 2022, nos distritos de Angónia, Macanga, Changara, Tsangano e Cahora Bassa.
“Na fase piloto da iniciativa, mais de 32 mil agricultores da nossa província viram a perda da sua produção reduzir de 50% para 9%, além de aumentarem a renda. Este resultado encoraja-nos a continuar com este tipo de acções”, considerou.
Domingos Viola alertou para o facto de que a ameaça de perda da produção força os agricultores a venderem os seus produtos imediatamente após a colheita, a preços baixos, para depois comprar a valores altos na época de escassez.
O governador encorajou o sector privado local a engajar-se, afirmando que podem desempenhar um papel importante no fornecimento de sacos de tecnologia de armazenamento hermético. Por sua vez, Berguete Mariquele, oficial de programas no PMA, realçou que a iniciativa vai priorizar a mulher.
A intervenção está orçada em 1,2 milhões de dólares.