Cerca de 200 raparigas da Vila de Moatize foram formadas em Empreendedorismo e Micro-financiamento pela mineradora Vulcan. Esta iniciativa visa desenvolver as capacidades das raparigas para a sua inserção/manutenção no ensino secundário e empoderamento como factor de desenvolvimento.
As raparigas maiores de 18 anos, recém-formadas, receberam, para além dos certificados de conclusão dos cursos, um financiamento para dar início a pequenos negócios caseiros no sentido de promover oportunidades económicas.
Esta iniciativa é resultado de um levantamento socioeconómico realizado pela Vulcan em Moatize que indica, entre outros factos, uma taxa substancial de desistência escolar do ensino secundário por parte das raparigas.
“Com estes cursos e financiamento, esperamos que cada uma consiga gerar os seus próprios negócios e obter lucros que ajudem nas vossas necessidades, que continuem a estudar e consigam afirmar-se nas suas comunidades”, declarou o secretário permanente do distrito de Moatize, Salvador Zacarias.
Falando em representação das raparigas beneficiárias da formação, Mária Pedro Viandro destacou as ferramentas de gestão de negócios partilhadas durante a formação e as oportunidades que as mesmas poderão abrir nas suas vidas.
“Muitas de nós não tínhamos como dar continuidade aos estudos devido a questões financeiras. Com estes projectos podemos abrir negócios e conseguirmos custear os estudos no ensino secundário e até o superior”, afirmou.
Olhando para o cenário de vulnerabilidade das meninas, a Vulcan decidiu implantar um projecto de empoderamento daquelas, que consiste em actividades de capacitação e empoderamento, por forma a incentivar a sua permanência na escola secundária onde são um grupo minoritário, e, por conseguinte, alavancar o desenvolvimento humano das comunidades.
“Percebemos a necessidade de abordar o tema do empoderamento da rapariga como factor de desenvolvimento das comunidades. No entanto, o desenvolvimento dos projectos ou negócios não pode fazer com que as raparigas desistam da escola, mas sim que garantam a continuidade dos estudos e abra novas oportunidades para elas”, disse Rosa Luís, representante da Vulcan na cerimónia.