O Porto da Beira está a registar um ligeiro decréscimo no manuseamento da carga dos países tradicionais operadores como Zimbábue, Zâmbia, Maláui, República Democrática do Congo (RD Congo) e Botsuana, devido ao impacto negativo que se regista na economia mundial e na logística em consequência do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O facto foi revelado recentemente na cidade da Beira, província de Sofala, por Jan Vries, administrador delegado da Cornelder de Moçambique, entidade gestora daquele complexo, durante a inauguração de diverso equipamento de ponta avaliado em mais de dez milhões de dólares.
Citado pelo Notícias, Jan Vries disse que a meta inicialmente prevista para este ano apontava para um manuseamento de cerca de 278 mil contentores, mas até ao momento a cifra situa-se abaixo da metade do plano e com os prejuízos a rondarem os 5%.
“Depois do pico do covid-19 tudo indicava para um período de reanimação económica, mas temos agora esta adversidade e a nossa esperança é que venham dias melhores”, disse.
A fonte explicou que o complexo portuário pretende atingir, nos próximos tempos, o manuseamento de aproximadamente 700 mil contentores por ano apostando na automatização do equipamento de ponta.
Vries indicou que se pretende, deste modo, flexibilizar o movimento de carga eliminando o actual cenário da prolongada paralisação de camiões no transporte da mercadoria daquele recinto para os países do “hinterland”.
O administrador delegado salientou que o investimento nas gruas e sistemas informáticos representa a aposta do momento e pretendemos, com isso, aumentar a capacidade do Porto da Beira. “As gruas exibidas naquele terminal de contentores estão em processo de modernização e após a sua conclusão irão manusear cerca de 450 mil contentores por ano, representando um avanço daquele terminal que, desta forma, vai aumentar a sua competitividade no âmbito do Corredor de Desenvolvimento da Beira”.
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