O secretário de Estado angolano para os Transportes Terrestres, Jorge Bengue, anunciou esta semana que o País vai construir, até 2038, 21 plataformas logísticas através de parcerias público-privadas (PPP). O responsável, que falava num workshop, em Luanda, promovido pela Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), em parceria com a Agência de Regulação e Certificação de Cargas e Logística de Angola (ARCCLA), revelou que já está em curso a construção de três plataformas logísticas, nomeadamente a do Luau (Moxico), Luvo e Soyo (Zaire) avaliadas em 445 milhões USD.
Jorge Bengue afirmou que, para a operacionalização destes projectos, o Ministério dos Transportes (MINTRANS) lançou, recentemente, os concursos públicos, cujas propostas permitirão estabelecer as PPP para a concretização das acções a serem desenvolvidas no longo prazo.
Além das três infra-estruturas já em construção, também fazem parte do pacote mais três plataformas prioritárias do sector dos Transportes que serão erguidas na Arimba (Huila), Caála (Huambo) e Lombe (Malanje).
Ao intervir no workshop sob o lema “Modelos das PPP para desenvolver projectos de plataformas logísticas em Angola no contexto do Corredor do Lobito”, Jorge Bengue revelou que estas infra-estruturas fazem parte de um programa ambicioso. O valor total da empreitada associada às 21 plataformas ainda não foi revelado, mas o secretário de Estado afirmou que a operacionalização do sector logístico em Angola já é uma realidade, com destaque para o Corredor do Lobito, cujo vencedor do concurso público para a gestão e exploração deste eixo ferroviário será conhecido nos próximos dias.
Com uma extensão de cerca de 1340 quilómetros, o Corredor do Lobito constitui um dos exemplos mais evidentes do potencial do sector dos transportes e logística, tendo em conta a extrema importância que desempenha nas trocas comerciais em Angola e noutros países da região.
As plataformas logísticas podem também desempenhar a função de pontos de conexão entre áreas de produção, especialmente do sector do agro-negócio aos mercados doméstico e regional ou internacional. As instalações de logística podem ainda realizar uma série de operações para processar mercadorias e funcionar como motor para o crescimento económico.
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