Moçambique prevê exportar, nos próximos três anos, cerca de 83 milhões de toneladas de mercadorias para os países do Interland, através dos Portos de Maputo, Beira e Nacala. Para o efeito, mais de 80% daquelas terá como destino o Zimbábue, Maláui, Zâmbia e República Democrática do Congo.
Os dados foram partilhados na última semana pelo ministro cessante dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulai, durante a cerimónia de inauguração de novos equipamentos de manuseamento de carga da empresa Cornelder Moçambique, gestora do Porto da Beira.
“O Programa Quinquenal do Governo 2020- 2024 prevê o aumento de carga manuseada nos portos nacionais dos cerca de 48 milhões de toneladas registadas em 2019, para cerca de 83 milhões de toneladas até 2024”, disse.
Para a materialização desta meta, acrescentou, foram definidas várias acções que incluem a reabilitação, ampliação e modernização de infra-estruturas de transporte como portos, linhas férreas e estradas. “A aquisição de equipamentos de manuseamento portuário, que temos o privilégio de proceder à respectiva inauguração, enquadra-se na visão plasmada no Plano Quinquenal do Governo”, sublinhou.
Por sua vez, o administrador delegado da Cornelder Moçambique, Djeny Difraise, referiu que a instituição vai realizar vários investimentos destinados à modernização daquela infra-estrutura ferro-portuária.
“Estes equipamentos vão aumentar a capacidade e produtividade do Porto. O impacto já se faz sentir, pois, no mês passado, estabelecemos um acordo regional para o manuseamento do clinker, quando descarregámos o navio com uma produtividade média de 10 500 toneladas por dia”, explicou.
Anotou que as gruas estão na fase terminal do processo de modernização. “As gruas mais antigas fazem descargas e carregamentos de dois contentores em simultâneo, o que vai permitir uma operação mais prática “, disse.
Até ao final deste ano, o Porto da Beira prevê manusear mais de 700 milhões de metros cúbicos de toneladas de produtos diversos.
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